quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Comecei a ler e estou gostando!


Ganhei de amigo secreto (brigado, Zilda!) um livro muito interessante chamado "Guia Prático do Roteirista de TV", da autora Ellen Sandler. A autora é, antes de mais nada, responsável pela produção executiva de tramas como "Everybody Loves Raymond". É formada pela Universidade de Syracuse-NY e tem mestrado em Artes pelo American Film Institute. Ela atualmente leciona curso de extensão para roteiristas na Universidade da California em Los Angeles, na HB Playwrights Foundation e na New School de Nova Iorque.

Achei bastante salutar e instrutivo sair um pouco da didática Syd Field/Robert McKee que venho me baseando muito até então, e aprender um pouco com alguém de tevê. Se o livro é bom ou não eu direi em breve, mas convenhamos que a mulher vai ter muito do que falar já que a tevê de ficção americana encontra-se atualmente em seu pico criativo (vide Lost, House e NCIS). Seguem então os dados do livro pra quem ficou interessado:

Editora: Bossa Nova
Autor: ELLEN SANDLER
ISBN: 9788560071081
Tradução: Isa Mara Lando
Ano: 2008
Número de páginas: 272

Audiência EUA - Semana de 14 de dezembro de 2009

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Dois pesos e duas medidas!

Passei hoje na frente daquele shopping center recém inaugurado, o Shopping Vila Olímpia, e fiquei surpreso que as placas de Zona Azul fora substituídas por placas de "Não Estacione" em todo o quarteirão. Fantástico. Agora não posso mais estacionar o carro, nem mesmo nas horas de pouca movimentação. Tudo por causa do novo shopping, o Shopping Vila Olímpia.

Lembrei também daquele recente episódio dos estacionamentos que passaram a ser gratuitos para os clientes que gastassem até dez vezes o valor em compras. Não durou mais que um dia a tal da lei (a n° 13.819), afinal, a associação de shopping centers rebateu dizendo que a propriedade era particular e, portanto, tinha o direito de cobrar pelo estacionamento. Lembro que a Associação de Lojistas de Shopping Centers também era contrária à tal lei, pois metade dos custos de condomínio vinha da cobrança do estacionamento, e que ao final, seria repassada a eles caso este viesse a ser gratuito. Bem, como sabem, a gratuidade não permaneceu.

Dito isto, voltemos então às placas que foram substituídas por conta do novo shopping center, o Shopping Vila Olímpia. Se o tal shopping é particular, questão que a associação defendeu com tanto afinco na questão da cobrança de estacionamento, como é que ele exerceu tal influência sobre as placas do quarteirão (de domínio público) e mudou a vida de tantas pessoas que faziam uso costumeiro delas? "Isto foi para facilitar a circulação de automóveis que fatalmente se tornaria um problema na região", argumentaria o leitor mais sagaz. Mas deixe-me, por favor, rebater essa teoria dizendo que assim mesmo, uma "fonte particular" interferiu num bem público. O coletivo teve que se moldar aos desejos de um indivíduo (ou grupo de indivíduos donos do shopping). Gostaria de pedir aos advogados de plantão para que me esclareçam quanto a isso, porque até então não tenho outra alternativa senão pensar que a lei (pra variar) considerou dois pesos e duas medidas.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Audiência EUA - Semana de 23 de novembro de 2009

A Nielsen, por razões desconhecidas, não divulgou em seu site o índice de audiência de tevê aberta entre a semana de 09 e 23 de novembro. Mishtérios! Segue então o nosso índice depois deste "gap":


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Se vai copiar, faça-o direito!


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"Se vai copiar, faça-o direito".

Estou dizendo isso porque recentemente assisti ao programa "O Preço Certo", durante a tarde, na Record. Na medida em você o assiste, você conclui naturalmente que:
  • O programa é um formato da Freemantle (detentora de marcas como American Idol) que foi vendido à Record;
  • A Record fez um excelente negócio comprando este formato da Freemantle;
  • E a Record não soube trabalhar o formato em sua adaptação nacional;
Digo isso porque eu conheço o formato original.


"O Preço Certo" é baseado em um programa fenomenal chamado "The Price is Right", um verdadeiro ícone americano do pós guerra. Um ode ao consumismo capitalista, perfeitamente apresentado por Bob Barker, o mestre dos mestres quando o assunto em questão é a apresentação de programas de auditório. Para se ter uma ideia do sucesso de "The Price..." o programa foi criado em 1956, Bob entrou em 72 e esse senhor só saiu de cena em 2007! "The Price..." ainda está no ar (atualmente é apresentado por Drew Carey) e para efeito de
comparação - para não ficar descomunalmente superior à versão nacional - vou ficar apenas com o período "Carey".

Um dos segredos do programa é o fato dele ser escancaradamente consumista. "The Price..." não apenas é uma vitrine dos produtos como também é uma verdadeira revista eletrônica que fala sobre esses mesmos produtos. Falta pouco para ele não se tornar um canal de vendas por telefone. E qual é a natural consequência para um programa quano se fala bem e bastante de seus produtos? Há mais e melhores produtos para serem presenteados. Os anunciantes se acotovelam e disputam a tapas um espaço por menor que ele seja. Por outro lado, quando se fala demais sobre um produto é grande a chance do programa tornar-se enfadonho e chato (e consequentemente perder audiência). O que "The Price..." consegue é equilibrar de modo primoroso o display de produtos com o lado divertido do programa (a parte dos jogos e da tensão dos participantes). Essas tentativas de adivinhação de preço carregam toda a emoção do programa.

Na versão nacional a narração de Débora Santili
resume apenas o tipo do produto que está na vitrine. Não falam da marca, não falam as características deste produto e o quanto ele pode ser útil na sua casa. Talvez os produtores brasileiros tenham tido medo do programa tornar-se um canal de vendas, mas no caso de "O Preço Certo", é exatamente isso que o público queria ouvir. Para o caso deste programa, o tal "ode ao consumismo" tem de ser assumido e defendido, caso contrário, o formato deixa para trás sua principal característica.

Débora é um amor de pessoa, mas se o formato original tem de ser seguido, ela não deveria aparecer diante da câmera (por mais simpática que seja). Sem contar que a narração original é feita por um homem!

Deu para perceber que aqui segue-se o mesmo modo de seleção de participantes que existe no modelo americano. Os participantes inscrevem-se pelo site ou apresentam-se no estúdio, dão seus nomes à produção e são depois sorteados aleatoriamente para participar dos jogos. Ou seja, qualquer um na plateia pode se tornar participante e sair do estúdio até mesmo com um carro zero. Em sua maioria, eles são jovens bonitos (muitos vêm de universidades) cheios de empolgação e roupas transadas.

E no entanto é exatamente esse o problema. A plateia mais parece uma turba vinda da gravação de "Idolos". Ele não são uma plateia adequada para a gravação de um programa cujo público alvo é formado por mulheres que trabalham ou estão em casa à tarde. Eu senti falta das "colegas de trabalho", das senhoras de meia idade e das mulheres de classe D e E que encantaram (e ainda encantam) o SBT por tantos anos. Por mais animados que esses jovens sejam, eles não são páreos para elas. Essas mulheres sim, sabem o que é animação de auditório.

Juan Alba tem futuro como apresentador, mas a sua imaturidade no palco ainda é visível. Ainda há muitas e desconcertantes lacunas entre as falas dele e a de seus convidados. Vemos que ele ainda não domina as regras do jogo, e nos momentos em que não há mais a necessidade de perdurar a tensão, ele tenta desnecessariamente produzi-la ("Se você tivesse escolhido este número, vamos ver o que você ganharia?", pergunta a certa altura). Acho que um bom laboratório (Horas e mais horas do programa original) e uma boa direção resolveriam o problema.

O Preço Certo tem um tremendo potencial. Basta apenas que um diretor competente (e que saiba bem sobre o formato original) saiba dar o tom certo.

CZ






sábado, 10 de outubro de 2009

Audiência EUA Semana de 28 de setembro de 2009

Como vocês podem notar, existe uma série nova na tabela chamada NCIS: Los Angeles! Estreou no dia 22 de setembro e rapidamente subiu na audiência até ocupar o primeiro lugar do índice Nielsen desta semana. Trata-se de um formato derivado do popularíssimo (pelo menos nos EUA): NCIS, ou Naval Criminal Investigative Service.

O NCIS teve uma trajetória parecida com a de outras séries investigativas como CSI e Law and Order. Começou modesta em 2003 e rapidamente cresceu em audiência rendendo outras seis temporadas! Coisa de louco. E do mesmo modo que CSI (que rendeu as séries derivadas CSI Miami, New York), também teve a sua série derivada cujo nome serve apenas de título, já que as investigações dos policiais vividos por Chris O'Donnel e LL Cool J acontecem nas cidades mais pitorescas. A unidade NCIS investiga os crimes ocorridos durante a operação da Marinha dos EUA, daí o "naval" do nome.

A série NCIS: Los Angeles, assim como sua antecessora, provavelmente será exibida pelo canal AXN no Brasil.

Já em tevê aberta temos um problema. NCIS facilmente se enquadra naqueles tipos de séries que o brasileiro médio não aprecia. Entram nesta categoria todos os seriados investigativos que foram sucesso nos EUA e aqui amargaram em audiência, como CSI, Law and Order, House e companhia bela. Portanto, se eu trabalhasse na programação de uma emissora, dificilmente escolheria este título. Este é mais um daqueles mistérios que diferenciam o público americano do brasileiro e faz a gente se perguntar "what the heck?".


domingo, 4 de outubro de 2009

Audiência dos EUA Semana de 21 de setembro de 2009

Dancing with the Stars voltou à tabela! Tão logo estreou na ABC, o aclamadíssimo concurso de danças com celebridades já mostrou a que veio. Em suas primeiras edições, o "Dancing..." tem alcançado respeitáveis índices de audiência, mas a audiência média do programa vem caindo a cada ano.

Isso não se deve ao programa em si. Mas sim ao fato do telespectador médio americano estar se cansando de ver realities shows cada vez mais parecidos (com competição, 3 ou 4 jurados, votação do público e "o mais chocante resultado final que você já viu!"). Mesmo desgastados, os realities (os consagrados, como Survivor, So You Think You Can Dance, entre outros) ainda são o que há de melhor para se segurar a grade de uma emissora receosa em apostar em novos formatos. Os executivos de tevê sabem que os realities precisam ser reavaliados e um novo material precisa ser lançado, mas ninguém quer dar o primeiro passo.






terça-feira, 29 de setembro de 2009

Audiência EUA - Semana de 14 de setembro de 2009

Parece que os americanos responderam com uma boa audiência à forte campanha feita pela NBC para a estreia de Jay Leno no canal. O programa de talk show estreou forte (com a presença por exemplo de Jerry Seinfeld, no banco dos entrevistados) batendo 5.3 de audiência entre o segmento de público mais importante dos EUA para o mercado publicitário, o da faixa dos 18 aos 49 anos. Foram 18,4 milhões de telespectadores segundo o índice Nielsen.

Foi 39% mais expressivo que a estreia em junho do Tonight Show com Conan O'Brien (seu parceiro de talk shows na NBC), e 56% maior que a última exibição do Tonight Show apresentada por ele antes de mudar de horário e iniciar o seu Jay Leno Show. Houve rumores de que ele deixaria a NBC após o término de seu contrato, mas que na verdade não se confirmaram. Ele apenas mudou de horário seguindo com um novo programa para o horário nobre.

É muito cedo para cantar vitória. Segundo o próprio presidente da NBC, Jeff Zucker, o que conta não é a audiência do programa de estreia, mas sua performance ao final de 52 semanas. No entanto, uma estreia como esta não deixa de ser um bom começo para o intrépido Leno.

sábado, 19 de setembro de 2009

Audiência nos EUA: Semana de 7 de setembro

Enquanto festejávamos a Independência do Brasil, os gringos não desgrudaram os olhos de suas tevês nessa semana. Não, não foi por causa do America's Got Talent (desta vez ele ficou com um mero 5° lugar), mas sim por causa do NFL, ou National Football League (Liga Nacional de Futebol Americano).

A NFL existe desde 1922 e desde então organiza as partidas para os seus 32 times. A NFL é dividida em 2 uniões (chamadas de "conferências"): a AFC - American Football Conference e a NFC - National Football Conference. Cada uma delas possui 4 divisões ou rankings com 4 times em cada um deles. De modo parecido ao nosso Brasileirão, os times duelam entre si e perigam serem rebaixados ou subirem de ranking à medida que o campeonato prossegue. O campeonato começa no início de setembro, logo após o Labour Day (Dia do Trabalho) e estende-se até fins de Dezembro ou início de Janeiro com o popularíssimo Superbowl, no qual só os grandes times que sobraram tentam a vaga de campeão da temporada.

Do mesmo modo que aqui, os campeonatos de futebol também arrasam na audiência. São mais de 20 milhões de telespectadores (números dos EUA, sempre muito absurdos), algo apenas comparável a American Idol (FOX) e Dancing with the Stars (ABC)

sábado, 12 de setembro de 2009

Audiência EUA - Semana de 31 de agosto de 2009

Para sair um pouco da mesmisse que se tornou o pódio da audiência americana (com o America's Got Talent sempre ocupando o primeiro e o segundo lugar), está aí tambem a tabela Nielsen dos melhores programas em cabo, com destaque para os campeonatos esportivos que dominam este segmento.

sábado, 5 de setembro de 2009

Audiência EUA - Semana de 24 de Agosto de 2009

Será que o "The Big Bang Theory" é o novo "Two and Half Men"?? O programa é bom, criativo, e de longe é uma das mais divertidas séries cômicas de 30 minutos que surgiram nos EUA nos últimos anos. Acho ela mais engraçada que "Two and Half Men" porque apela menos, e é claro, ainda está fresca, com muitos territórios a serem explorados. "Two and Half Men" (aqui a série ficou com o título de 'Dois Homens e Meio') já está na ativa há pelo menos 7 temporadas e isso certamente cansa o telespectador.

Ainda não temos The Big Bang Theory em tevê aberta por aqui, mas a série pode ser conferida na Warner Channel (já está na terceira temporada, mas como toda série americana de 30 minutos, pode ser facilmente compreendida).

domingo, 23 de agosto de 2009

Audiência EUA - Semana de 10 de agosto


















Engraçado que mesmo após 11 temporadas, o programa Big Brother ainda aparece na lista dos mais assistidos do índice Nielsen. São 11 temporadas! Como se explica isso? Faz parte da natureza humana espiar, observar e fofocar, mas 11 temporadas não seria um pouco demais? O Big Brother está aí para provar que não é.

Assim como a natureza humana sempre torcerá pelo talento do humilde participante que ainda não foi engrandecido pela mídia, e encherá de audiência programas como American Idol e America's Got Talent, a natureza humana também nunca se cansará de espiar os bumbuns molhados de espuma e os tanquinhos dos alterofilistas à mostra nas casas de praia recheadas de câmeras. Essa é a natureza humana. Não podemos lutar contra ela.

Prelúdios Noturnos ainda sem publicação!

Alguém aí conhece Neil Gaiman, ou o universo de Sandman? Para os leitores de quadrinhos é quase o mesmo que perguntarmos se alguém aí conhece o Faustão ou o Gugu Liberato.
Neil Gaiman é o criador de Sandman (ou como é conhecido em outros países, do "Mestre dos Sonhos"), uma história de fantasia com inúmeras variações cujo cerne é formado por personagens que encarnam conceitos até então “incaracterízaveis” como a morte, os sonhos, etc...
Sandman já passou por várias publicações no Brasil. Veio primeiramente pela Editora Globo no final da década de 80 (época fértil para publicações no Brasil, pois tivemos também Watchmen), depois pela Metal Pesado ultimamente pela editora Conrad. Todas estas edições foram lançadas até o último episódio e deixaram milhares de jovens maravilhados com as idéias (até hoje) inovadoras do Sr. Gaiman.
Depois da publicação de uma edição recolorizada nos EUA, a Ediouro resolveu prestigiar os fãs antigos (e os jovens do século XXI que ainda não conheciam tal conceito) com a publicação do antológico e clássico “Prelúdios Noturnos” Vol. 1, através do selo Pixel.
Depois veio a crise. A Ediouro foi uma das que sentiram o baque e resolveu encerrar o contrato que tinha com a DC Comics, detentora dos direitos. Até aí é compreensível. Sabemos que tudo são negócios, e que se uma linha de publicação (ou um selo inteiro) não traz resultados, medidas drásticas devem ser tomadas pelo editor responsável.
Mas então temos o Panini Comics. Numa atitude louvável, a editora italiana resolveu republicar vários títulos da Pixel (entre eles “Y, o último homem” e “Vertigo 1”) fazendo-nos pressupor que apareceu um novo contrato com a DC Comics.
Resta-nos saber a razão da Panini não ter reativado a publicação de Prelúdios Noturnos. A mais importante das histórias de Neil Gaiman, ou aquela que até mesmo arrebanharia novos leitores e ajudaria na publicação dos demais títulos, foi deixada de lado.
Aí o leitor diria que “foi uma decisão editorial baseada em números apenas, afinal, isso é uma empresa”. E eu retruco, mas uma decisão editorial não pressupõe também uma decisão para arrebanhar mais fãs e convida-los a conhecer o instigante universo de Sandman?
A palavra está com a Panini Comics.

domingo, 16 de agosto de 2009

sábado, 8 de agosto de 2009

Audiência EUA - Semana de 27 de julho

America's Got Talent (NBC) permanece no topo, seguido de The Bachelorette da ABC, que conseguiu subir um pouco na tabela por se tratar do episódio final do reality. Sim, foi a semana em que a solteira decidiu ficar com um dos pretendentes.

Temos também na tabela (já em sua 6a temporada) o seriado Two and Half Men que realmente figura como um dos seriados de humor mais assistidos da atualidade. O que me intriga é ele não ter tido o espaço que merece na programação brasileira, limitando-se a uma grade no Warner Channel. Bem, acho melhor acreditar que o pessoal da tevê aberta deve ter tido uma boa razão para não exibir o seriado.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Novo roteiro!

Este foi feito para o concurso Filma Brasil! É um roteiro de um curta que fala sobre o vício do cigarro. Apesar dele ter sido concebido para concorrer ao financiamento do Filma Brasil, queria deixar bem claro que ele tá livre pra quem se interessar, ok? É só me avisar! É tudo o que eu peço (na verdade eu quero meu nome nos créditos, de preferência, é isso que eu vou pedir quando você me ligar), afinal de contas é bem legal saber que alguma coisa sua tá sendo produzida! O concurso pediu um vídeo preview e, às pressas, montei um videozinho sobre o roteiro que pode se acessado aqui, e se quiser checar o roteiro do curta, leia ele aqui e me diz o que você acha! Abraços, fui!

domingo, 2 de agosto de 2009

Audiência EUA - Semana de 20 de julho


America's Got Talent reina absoluto. Isso aumenta ainda mais as expectativas de seu equivalente nacional, o "Qual é o seu Talento" que estréia no SBT nesta quarta feira dia 05 de agosto. Tudo bem que a gente não deve comparar o gosto dos brasileiros com o dos americanos, afinal, CSI e NCIS não deram nem sinal de audiência por aqui, e um campeonato de futebol (não o americano, mas o nosso "soccer") não faria por lá o mesmo sucesso que faz aqui. Acho que nem entraria no índice Nielsen dos 10 mais assistidos. Opinião minha.

Mas existem certos programas que sempre chamaram atenção. Existem certos formatos que sempre vão arregimentar uma legião de telespectadores, não importa o país em que são exibidos. Foi o caso por exemplo do American Idol (virou Ídolos, por aqui), que coleciona audiência não importa o país que esteja, foi o caso do Big
Brother e mais recentemente é o caso do Celebrity Boot Camp (que virou o atual "A Fazenda", na Record). E esse parece ser o caso do "Qual e o seu Talento?", pois esse programa foi baseado em America's Got Talent que vem colecionando números expressivos de audiência nos EUA, que por sua vez, é baseado no Britain's Got Talent que virou um fenômento na Inglaterra. O "Britain's..." fez tanto sucesso que chegou até você. A apresentação de uma de suas calouras, a inglesa Susan Boyle, virou hit da internet e já pode ser considerada a campanha de marketing mais bem sucedida deste ano, para um programa de tevê.

Resumindo, quero dizer que a fórmula promete. Basta os produtores brasileiros fazerem a lição de casa, ou seja, gravar o que deu certo, descartar o que não funcionou lá fora. Abaixo segue a tabela da semana nos EUA, com os expressivos números do "America's Got Talent":

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Comic Con 2009 - Cultura Pop que excede um Pavilhão


Começou no último dia 22 a feira que entra cada vez mais no calendário "pop" do mundo do entretenimento, a Comic Con edição 2009. Os números das edições passadas são gigantes, assim, podemos imaginar que o evento deste ano vai ser, no mínimo, um sucesso.

Na edição de 2006 e 2007 os administradores tiveram problemas com a lotação. Em 2006, por exemplo, a organização teve que interromper o registro de pagantes por algumas horas pois o gigantesco San Diego Convention Center não poderia comportar mais pessoas. Em 2007, eles introduziram um "passe de 3 dias" que não incluía sábado. Mesmo assim, a organização teve mais de 125 mil profissionais do meio registrados, sem contar os inúmeros fãs de gibis e séries que se amontoram na frente do pavilhão dias antes do evento ter início. Em 2008, os passes de 3 dias esgotaram bem antes do início do evento. Todos estão ávidos por novidades nas áreas de quadrinhos, cinema e games. A Comic Con foi cortejada por outras cidades americanas interessadas em sediar o evento, mas até agora não se pronunciaram oficialmente sobre mudar de San Diego.

Nem sempre foi assim. Para se ter uma idéia, a primeira Comic Con (ocorrida há 40 anos em um salão de hotel) contou com 300 pessoas entre público e expositores. Sua principal função foi angariar fundos para que a feira do próximo ano pudesse ser feita pela primeira vez no San Diego Convention Center. Durante um bom tempo a feira foi dedicada apenas aos gibis e livros; mas então, de mansinho, a fim de promover seus mais recentes lançamentos, aportaram na Comic Con as primeiras empresas de cinema e televisão, seguidas de perto pelas de games.

Durante os anos 90 podia-se contar nos dedos (de uma mão) o número de artistas que iam à San Diego apoiar o lançamento de um filme ou série. Somente as celebridades que curtiam "novidades" ou que teriam ouvido algum publicista lhes dizer que a feira vincularia ainda mais sua imagem ao público jovem, eram capazes de pisar no imponente salão H do pavilhão de San Diego e sorrir para as dezenas de flashes Cybershot vindos sabe-se lá de onde. O fato é que, para um artista, ir ao Comic Con significava pagar mico.

Mas o tempo (e a tecnologia) tratou de mudar as coisas.

Segundo a imprensa internacional, um evento ocorrido em 2002 teria definitivamente mudado a opinião dos profissionais e celebridades de Hollywood sobre o verdadeiro poder da Comic Con na promoção de um filme/produto. Naquela ocasião, Angelina Jolie estava promovendo Tomb Raider e decidiu participar da feira somente se pudesse transforma sua visita em um grande evento. Conseguiu muitos flashes e muita atenção ao promover Tomb Raider já no aeroporto de San Diego (o produtor agradece), virou capa da USA Today no dia seguinte e isso mostrou aos demais estúdios que não se pode brincar com a tal "feirinha".

"Você pode estar em todos os blogs, todos os sites de fãs e de formadores de opinião, mas quando sua estratégia de promoção alcança uma mídias como aquela, os executivos da velha guarda pensaram 'Ei, peraí, entendi!'", diz Mike Vollman, um executivo da MGM presente na feira atual, e que trabalhava para a Dreamworks naquela época.

Nos anos seguintes, todas as celebridades quiseram ir. Tivemos Joss Whedon e o elenco de Buffy (há muitos anos, não lembro quantos), vieram depois Ben Affleck (com o Demolidor), Arnold Schwarzenegger e Bryan Singer. Tivemos tambémo diretor John Favreau que debutou no evento levando Zathura e nos anos seguintes levou trechos inéditos de Homem de Ferro, JJ Abrams e o elenco de Star Trek (ano passado), entre outros. Neste ano temos os debutantes Tim Burton (Alice no País das Maravilhas), Robert Zemeckis (A Christmas Carol) e os reverenciados cineastas do oriente Park Chan Wook e Hayao Miyasaki. Há rumores que apareçam por lá também Jim Carrey e Denzel Wahington, até a presente data, nada de terem aparecido.

Os destaques deste Comic Con 2009 estão sendo os seguintes:
  • A tecnologia 3-D veio para ficar. Que o diga os cineastas James Cameron (com os 23 minutos aprovadíssimos de Avatar), Robert Zemeckis (cujo filme "A Christmas Carol" também foi produzido para se aproveitar da nova tecnologia), além de outros filmes que vão pegar rabeira na tecnologia, apesar de não terem sido produzidos exclusivamente para esta mídia (Toy Story 2, Alice no País das Maravilhas, etc...)
  • O elenco de "Twilight" leva o público ao delírio. A produtora Summit não precisava disto, mas mesmo assim resolveu roubar o dia com sua mesa redonda.
  • Toy Story 3 está agendado para 2010. Foi o que disseram os panelistas da Disney.
  • Os animadores Hayao Miyasaki e John Lasseter são homenageados no evento.
  • Os produtores Carlton Cuse e Damon Lindelof deram algumas dicas sobre o que viria a ser a próxima temporada de "Lost", mas não houve grandes revelações.
  • Seth MacFarlane, criador de "Uma Família da Pesada" fala sobre as 3 indicações ao Emmy de sua animação ( incluindo uma de melhor série que é dada pela primeira vez a uma animação).

A Comic Con deste ano apresenta novidades todos os dias e nem estamos no final da feira ainda (ela acaba amanhã). A minha postagem foi apenas para mostrar a sua evolução e para parabenizar os organizadores por estes 40 anos de serviços dedicados à cultura dos quadrinhos e à pop arte (o cinema vem depois, eu sei). Não vou postar mais nada sobre ela, afinal, temos uma galerinha que já tá fazendo isso (e muito bem! diga-se de passagem). Se você quiser maiores informações sobre a Comic Con 2009 acesse o Omelete. Eles são feras!



quinta-feira, 23 de julho de 2009

Audiência EUA - Semana de 13 de julho

Assim como no Brasil ninguém discute ou se dispõe a concorrer no mesmo horário do Campeonato Brasileiro, nos EUA ninguém pode com o beisebol. A Major League Baseball (MLB) transmitida pela FOX é quem detém a maior audiência desta semana, seguido de perto pelo America's Got Talent da NBC, que continua indo muito bem, obrigado. A MLB volta então à tabela para ocupar a terceira posição.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Concurso de Roteiros Filma Brasil


Temos outro concurso de roteiros aparecendo por aí e premiando (até que bem, são 40 mil e 70 mil reais para curta e média metragem respectivamente) os melhores roteiros nessas duas categorias. Para eu postar aqui é porque dei uma checada no edital e vi que o concurso parece ter boas intenções! Conta com o apoio cultural da Nextel, Samsung, CBN entre outras empresas e portanto, diferentemente de tantos outros "concursos" que brotam na internet, não acho que está brincando com seus inscritos. Meu único "senão" com relação ao Filma Brasil, fica por conta do tal vídeo preview que eles pedem que venha anexo ao projeto. Vídeo Preview? Como assim? É um concurso de roteiros! Não é de direção de curta! Eu aprendi que o roteiro vem antes do vídeo! Ou mudou agora?

Será que eles querem um storyboard em vídeo? Ou um Powerpoint com os bonequinhos do "tive uma idéia!"? Enfim, achei esse critério um pouco sem sentido, ou pelo menos sem explicação suficiente. Aposto que eles receberão uma infinidade de vídeos com fotos baixadas da internet com uma música de fundo que ilustra (de longe, bem de longe) sua idéia. E não deixa o pessoal do ECAD ficar sabendo desse concurso senão vai melar tudo! Não vão deixar mandarem nenhum vídeo!

Bem, taí o concurso Filma Brasil com suas peculiaridades, e se tiverem a fim de checar entre no site deles. Se você achar que falta informação, não estranhe. Respire fundo e continue com a inscrição. Antes um concurso mal explicado mas com boas intenções a concursos de roteiro tendenciosos e que não te levam a sério.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Audiência EUA - Semana de 6 de julho


America's Got Talent está mostrando a que veio. O programa da NBC tem tudo para fazer bonito também no Brasil, através do "Qual é o Seu Talento" que será exibido no SBT. Se as premissas e a estrutura forem respeitados, o SBT não vai ter do que reclamar. Na tabela o que mais se aproxima de "AGT" no campo dos realities é o "The Bachelorette", da ABC, mas é quase injusto comparar. The Bachelorette lida com fórmulas dramáticas que estão mais que batidas e não tem o charme e a empolgação de uma atração de calouros. Por isso está em último lugar na tabela.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Impressões de um evento "Creepy"

Uma das definições de "creepy" pelo dicionário Michaelis é "arrepiador" ou algo que arrepia. Não é aquele arrepio gostoso, relacionado ao prazer de escutarmos uma boa música ou assistirmos a um bom filme. Não. É arrepio de terror mesmo! O mesmo arrepio que sentimos quando alguém nos assusta ou quando passamos em frente a um cemitério.

O evento "creepy" a que me refiro é o concerto em homenagem a Michael Jackson ocorrido na última terça e coberto por pelo menos 4 gigantes da tevê americana. Mariah Carey, Lionel Ritchie, Stevie Wonder e Usher foram alguns artistas que compareceram e cantaram sucessos de Michael para um Staples Center lotado de fãs consternados. Teria sido um show fantástico se não fosse por um detalhe medonho e embaraçoso que vocês já devem ter percebido: diante deles, a alguns metros palco abaixo, estava o caixão de Michael coberto de flores.

Peraí. Então houve um show... com dezenas de instrumentistas... produção de primeira... ginásio lotado... durante um velório? Pois é.

Eu confesso que não entendi. Não sei se foi por causa da minha criação católica latina terceiro mundista ou porque não devo ter acompanhado de perto as tradições americanas mas fiquei absolutamente sem entender aquilo tudo. Na minha concepção (oldfashioned?), velório é um momento solene, de reflexão, de lamento e de respeito a cada um dos presentes e principalmente àquele que se foi. O que vi lá foi uma despedida deselegante e sem qualquer propósito. Quando Usher desceu do palco e tocou o caixão enquanto cantava, confesso que um arrepio de horror subiu pela minha espinha, pois fiquei a imaginar o que fariam as próximas celebridades.

Talvez isso tenha feito sentido na cabeça dos milhares de americanos que ganharam seu ingresso sorteado na internet e compareceram ao evento. Na minha não fez. Você diria então, "ah mas é costume nos EUA os amigos e parentes despedirem-se de falecidos com apresentações de música e até dança", eu retruco perguntando "Foi preciso tudo isto? Mesmo se tratando de Michael Jackson?". Nestes momentos de inversão de valores, Elizabeth Taylor parece ser para mim a pessoa mais sã do mundo! Acho que você leu o que ela disse sobre não poder ir ao evento não leu?

Deixe-me lembra-lo: "Me pediram que falasse no ginásio Staples Center. Não posso ser parte de um circo público. E não posso garantir que diria algo coerente. Não acho que Michael quisesse que compartilhasse minha dor com milhões de pessoas. Como me sinto, é algo entre nós, não um evento público. Disse que não iria ao Staples Center e certamente não quero chegar a fazer parte disso. Amava-o demais".

Por que Neil Patel é tão bom?

Quando este indiano criado nos EUA criou a conta "@whoisneilpatel" ninguém entendeu nada. Surgiu logo depois as fotos de modelos...