sexta-feira, 24 de julho de 2009

Comic Con 2009 - Cultura Pop que excede um Pavilhão


Começou no último dia 22 a feira que entra cada vez mais no calendário "pop" do mundo do entretenimento, a Comic Con edição 2009. Os números das edições passadas são gigantes, assim, podemos imaginar que o evento deste ano vai ser, no mínimo, um sucesso.

Na edição de 2006 e 2007 os administradores tiveram problemas com a lotação. Em 2006, por exemplo, a organização teve que interromper o registro de pagantes por algumas horas pois o gigantesco San Diego Convention Center não poderia comportar mais pessoas. Em 2007, eles introduziram um "passe de 3 dias" que não incluía sábado. Mesmo assim, a organização teve mais de 125 mil profissionais do meio registrados, sem contar os inúmeros fãs de gibis e séries que se amontoram na frente do pavilhão dias antes do evento ter início. Em 2008, os passes de 3 dias esgotaram bem antes do início do evento. Todos estão ávidos por novidades nas áreas de quadrinhos, cinema e games. A Comic Con foi cortejada por outras cidades americanas interessadas em sediar o evento, mas até agora não se pronunciaram oficialmente sobre mudar de San Diego.

Nem sempre foi assim. Para se ter uma idéia, a primeira Comic Con (ocorrida há 40 anos em um salão de hotel) contou com 300 pessoas entre público e expositores. Sua principal função foi angariar fundos para que a feira do próximo ano pudesse ser feita pela primeira vez no San Diego Convention Center. Durante um bom tempo a feira foi dedicada apenas aos gibis e livros; mas então, de mansinho, a fim de promover seus mais recentes lançamentos, aportaram na Comic Con as primeiras empresas de cinema e televisão, seguidas de perto pelas de games.

Durante os anos 90 podia-se contar nos dedos (de uma mão) o número de artistas que iam à San Diego apoiar o lançamento de um filme ou série. Somente as celebridades que curtiam "novidades" ou que teriam ouvido algum publicista lhes dizer que a feira vincularia ainda mais sua imagem ao público jovem, eram capazes de pisar no imponente salão H do pavilhão de San Diego e sorrir para as dezenas de flashes Cybershot vindos sabe-se lá de onde. O fato é que, para um artista, ir ao Comic Con significava pagar mico.

Mas o tempo (e a tecnologia) tratou de mudar as coisas.

Segundo a imprensa internacional, um evento ocorrido em 2002 teria definitivamente mudado a opinião dos profissionais e celebridades de Hollywood sobre o verdadeiro poder da Comic Con na promoção de um filme/produto. Naquela ocasião, Angelina Jolie estava promovendo Tomb Raider e decidiu participar da feira somente se pudesse transforma sua visita em um grande evento. Conseguiu muitos flashes e muita atenção ao promover Tomb Raider já no aeroporto de San Diego (o produtor agradece), virou capa da USA Today no dia seguinte e isso mostrou aos demais estúdios que não se pode brincar com a tal "feirinha".

"Você pode estar em todos os blogs, todos os sites de fãs e de formadores de opinião, mas quando sua estratégia de promoção alcança uma mídias como aquela, os executivos da velha guarda pensaram 'Ei, peraí, entendi!'", diz Mike Vollman, um executivo da MGM presente na feira atual, e que trabalhava para a Dreamworks naquela época.

Nos anos seguintes, todas as celebridades quiseram ir. Tivemos Joss Whedon e o elenco de Buffy (há muitos anos, não lembro quantos), vieram depois Ben Affleck (com o Demolidor), Arnold Schwarzenegger e Bryan Singer. Tivemos tambémo diretor John Favreau que debutou no evento levando Zathura e nos anos seguintes levou trechos inéditos de Homem de Ferro, JJ Abrams e o elenco de Star Trek (ano passado), entre outros. Neste ano temos os debutantes Tim Burton (Alice no País das Maravilhas), Robert Zemeckis (A Christmas Carol) e os reverenciados cineastas do oriente Park Chan Wook e Hayao Miyasaki. Há rumores que apareçam por lá também Jim Carrey e Denzel Wahington, até a presente data, nada de terem aparecido.

Os destaques deste Comic Con 2009 estão sendo os seguintes:
  • A tecnologia 3-D veio para ficar. Que o diga os cineastas James Cameron (com os 23 minutos aprovadíssimos de Avatar), Robert Zemeckis (cujo filme "A Christmas Carol" também foi produzido para se aproveitar da nova tecnologia), além de outros filmes que vão pegar rabeira na tecnologia, apesar de não terem sido produzidos exclusivamente para esta mídia (Toy Story 2, Alice no País das Maravilhas, etc...)
  • O elenco de "Twilight" leva o público ao delírio. A produtora Summit não precisava disto, mas mesmo assim resolveu roubar o dia com sua mesa redonda.
  • Toy Story 3 está agendado para 2010. Foi o que disseram os panelistas da Disney.
  • Os animadores Hayao Miyasaki e John Lasseter são homenageados no evento.
  • Os produtores Carlton Cuse e Damon Lindelof deram algumas dicas sobre o que viria a ser a próxima temporada de "Lost", mas não houve grandes revelações.
  • Seth MacFarlane, criador de "Uma Família da Pesada" fala sobre as 3 indicações ao Emmy de sua animação ( incluindo uma de melhor série que é dada pela primeira vez a uma animação).

A Comic Con deste ano apresenta novidades todos os dias e nem estamos no final da feira ainda (ela acaba amanhã). A minha postagem foi apenas para mostrar a sua evolução e para parabenizar os organizadores por estes 40 anos de serviços dedicados à cultura dos quadrinhos e à pop arte (o cinema vem depois, eu sei). Não vou postar mais nada sobre ela, afinal, temos uma galerinha que já tá fazendo isso (e muito bem! diga-se de passagem). Se você quiser maiores informações sobre a Comic Con 2009 acesse o Omelete. Eles são feras!



quinta-feira, 23 de julho de 2009

Audiência EUA - Semana de 13 de julho

Assim como no Brasil ninguém discute ou se dispõe a concorrer no mesmo horário do Campeonato Brasileiro, nos EUA ninguém pode com o beisebol. A Major League Baseball (MLB) transmitida pela FOX é quem detém a maior audiência desta semana, seguido de perto pelo America's Got Talent da NBC, que continua indo muito bem, obrigado. A MLB volta então à tabela para ocupar a terceira posição.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Concurso de Roteiros Filma Brasil


Temos outro concurso de roteiros aparecendo por aí e premiando (até que bem, são 40 mil e 70 mil reais para curta e média metragem respectivamente) os melhores roteiros nessas duas categorias. Para eu postar aqui é porque dei uma checada no edital e vi que o concurso parece ter boas intenções! Conta com o apoio cultural da Nextel, Samsung, CBN entre outras empresas e portanto, diferentemente de tantos outros "concursos" que brotam na internet, não acho que está brincando com seus inscritos. Meu único "senão" com relação ao Filma Brasil, fica por conta do tal vídeo preview que eles pedem que venha anexo ao projeto. Vídeo Preview? Como assim? É um concurso de roteiros! Não é de direção de curta! Eu aprendi que o roteiro vem antes do vídeo! Ou mudou agora?

Será que eles querem um storyboard em vídeo? Ou um Powerpoint com os bonequinhos do "tive uma idéia!"? Enfim, achei esse critério um pouco sem sentido, ou pelo menos sem explicação suficiente. Aposto que eles receberão uma infinidade de vídeos com fotos baixadas da internet com uma música de fundo que ilustra (de longe, bem de longe) sua idéia. E não deixa o pessoal do ECAD ficar sabendo desse concurso senão vai melar tudo! Não vão deixar mandarem nenhum vídeo!

Bem, taí o concurso Filma Brasil com suas peculiaridades, e se tiverem a fim de checar entre no site deles. Se você achar que falta informação, não estranhe. Respire fundo e continue com a inscrição. Antes um concurso mal explicado mas com boas intenções a concursos de roteiro tendenciosos e que não te levam a sério.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Audiência EUA - Semana de 6 de julho


America's Got Talent está mostrando a que veio. O programa da NBC tem tudo para fazer bonito também no Brasil, através do "Qual é o Seu Talento" que será exibido no SBT. Se as premissas e a estrutura forem respeitados, o SBT não vai ter do que reclamar. Na tabela o que mais se aproxima de "AGT" no campo dos realities é o "The Bachelorette", da ABC, mas é quase injusto comparar. The Bachelorette lida com fórmulas dramáticas que estão mais que batidas e não tem o charme e a empolgação de uma atração de calouros. Por isso está em último lugar na tabela.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Impressões de um evento "Creepy"

Uma das definições de "creepy" pelo dicionário Michaelis é "arrepiador" ou algo que arrepia. Não é aquele arrepio gostoso, relacionado ao prazer de escutarmos uma boa música ou assistirmos a um bom filme. Não. É arrepio de terror mesmo! O mesmo arrepio que sentimos quando alguém nos assusta ou quando passamos em frente a um cemitério.

O evento "creepy" a que me refiro é o concerto em homenagem a Michael Jackson ocorrido na última terça e coberto por pelo menos 4 gigantes da tevê americana. Mariah Carey, Lionel Ritchie, Stevie Wonder e Usher foram alguns artistas que compareceram e cantaram sucessos de Michael para um Staples Center lotado de fãs consternados. Teria sido um show fantástico se não fosse por um detalhe medonho e embaraçoso que vocês já devem ter percebido: diante deles, a alguns metros palco abaixo, estava o caixão de Michael coberto de flores.

Peraí. Então houve um show... com dezenas de instrumentistas... produção de primeira... ginásio lotado... durante um velório? Pois é.

Eu confesso que não entendi. Não sei se foi por causa da minha criação católica latina terceiro mundista ou porque não devo ter acompanhado de perto as tradições americanas mas fiquei absolutamente sem entender aquilo tudo. Na minha concepção (oldfashioned?), velório é um momento solene, de reflexão, de lamento e de respeito a cada um dos presentes e principalmente àquele que se foi. O que vi lá foi uma despedida deselegante e sem qualquer propósito. Quando Usher desceu do palco e tocou o caixão enquanto cantava, confesso que um arrepio de horror subiu pela minha espinha, pois fiquei a imaginar o que fariam as próximas celebridades.

Talvez isso tenha feito sentido na cabeça dos milhares de americanos que ganharam seu ingresso sorteado na internet e compareceram ao evento. Na minha não fez. Você diria então, "ah mas é costume nos EUA os amigos e parentes despedirem-se de falecidos com apresentações de música e até dança", eu retruco perguntando "Foi preciso tudo isto? Mesmo se tratando de Michael Jackson?". Nestes momentos de inversão de valores, Elizabeth Taylor parece ser para mim a pessoa mais sã do mundo! Acho que você leu o que ela disse sobre não poder ir ao evento não leu?

Deixe-me lembra-lo: "Me pediram que falasse no ginásio Staples Center. Não posso ser parte de um circo público. E não posso garantir que diria algo coerente. Não acho que Michael quisesse que compartilhasse minha dor com milhões de pessoas. Como me sinto, é algo entre nós, não um evento público. Disse que não iria ao Staples Center e certamente não quero chegar a fazer parte disso. Amava-o demais".

domingo, 5 de julho de 2009

Como a tevê americana vai cobrir Michael Jackson


Desde que o site TMZ noticiou o furo jornalístico da morte do astro, a mídia americana entrou em uma espécie de frenesi entrevistando todos os que fizeram parte da vida dele, mesmo que por curto período de tempo. Os chamados "experts" em Michael Jackson são tantos e falam com tamanha propriedade que atraíram a atenção de Ken Sunshine, um veterano publicista contratado pela família do astro. "As pessoas deviam sentir-se envergonhadas ao imprimir, dizer ou publicar em blogs informações que são descaradamente mentirosas ou sem qualquer comprovação", reiterou ele, cuja contratação pela família se deu na última quarta feira.

O fato é que Michael Jackson vende, principalmente depois que morreu. Foram 2.6 milhões de downloads vendidos e 3 álbuns (Number Ones, The Essential Michael Jackson e Thriller) apareceram entre os TOP 3, após a triste notícia de sua morte. Para se ter uma idéia o álbum mais recente do Black Eyed Peas ficou em quarto lugar.

Michael Jackson vende também para as tevês. Os programas Dateline da NBC e 20/20 da ABC não deixaram de explorar o tema em suas edições do dia 03 de julho e o resultado mostrou o que já se esperava: esses programas foram os campeões de audiência em seus respectivos horários (Dateline às 20h e "20/20" às 22h). O canal a cabo BET, por exemplo, através de seu BET Awards com um tributo especial a Michael, conseguiu alavancar sua audiência ao ponto de engrossar no último domingo 10.5 milhões de espectadores. Um grande feito para o canal, pois conseguiu chegar perto do episódio final do reality show "John and Kate plus 8", do canal TLC.

Tudo isto é apenas um prenúncio do que veremos no funeral de Michael, considerado o Dia "D" de uma operação logística que deverá entrar para a história do entretenimento. Será na terça feira no gigantesco Staples Center de Los Angeles, e contará com um "pool" das seguintes emissoras: ABC, NBC, Fox, CNN, MSNBC e E! Entertainment. O funeral começará às 10h da manhã, horário local, e até lá teremos coberturas especiais de todos estes canais, a todo o momento, afinal, ninguém vai perder a oportunidade de vender Michael.

Por que Neil Patel é tão bom?

Quando este indiano criado nos EUA criou a conta "@whoisneilpatel" ninguém entendeu nada. Surgiu logo depois as fotos de modelos...