quarta-feira, 24 de junho de 2009

Audiência EUA Semana de 15 de Junho

Desde que American Idol acabou a Fox luta com um programa que (tenta) seguir a sua esteira de sucesso chamado So You Think You Can Dance. Mas tudo o que conseguiu foi amargar em último lugar na tabela Nielsen desta semana. Mesmo assim está melhor que a ABC e NBC que nem apareceram. A grande vitoriosa foi sem dúvida a CBS. Ela demonstra que está bastante antenada com o gosto do americano porque conseguiu colocar entre os 10 mais vistos da semana, 9 produtos de seus estúdios. Com exceção do jornalístico "60 Minutes", os demais são todas obras de ficção, ou como se diz no jargão de tevê: scripted formats!

Mais um Ponto para o Digital!


Não é de hoje que a gente ouve falar da "guerra" entre formatos de captura de imagem que acontece nos EUA e cujas repercussões encontram eco nas produções aqui do Brasil. É a batalha do "vídeo" (ou das câmeras high-tech que capturam vídeo com qualidade de cinema) contra o "filme" (ou as câmeras de cinema propriamente ditas, que capturam as imagens em filmes fotográficos). Ou se preferir desta forma: é a batalha de gigantes como a Red, Sony, Panasonic e JVC (fabricantes das câmeras de vídeo) contra as tradicionais Panavision, Arriflex, Aaton, Kodak e Fuji (proprietárias de câmeras de cinema e filmes fotográficos).

De um lado temos a tecnologia das câmeras de vídeo que se aproximam cada vez mais (sem atingir) da qualidade das câmeras de cinema. Do outro temos a qualidade do filme fotográfico que ainda teima em ser superior, apesar dos esforços incessantes do primeiro grupo em melhorar sua tecnologia de captação em CCD ou CMOS. As câmeras de cinema ainda são as mais requisitadas em Hollywood, mas já é possível prever o fim de seu domínio. Isso porque já ocorrem várias movimentações isoladas nos bastidores da indústria que apregoam o fim de um domínio iniciado no início do século passado pelos irmãos Lumiére. Eis alguns indícios:

Arriflex e a Panavision, por exemplo, já ampliaram a pesquisa para sua linha de câmeras DE VÍDEO voltadas para o mercado high end, ou seja, para a produção de séries e filmes de longa metragens.

A Kodak do Brasil direciona o seu marketing quase que totalmente para a área de câmeras digitais e impressão digital (lembra a época que eles vendiam filmes de 12 e 24 poses?), e nos EUA a mesma Kodak amplia investimentos em tecnologia de cinema digital e em pós produção digital.

Convenhamos que isso não poderia nem mesmo ser chamado de guerra, e sim de transição, afinal, fica bem claro que a tendência é a passagem para o digital, apesar da resistência de algumas empresas e pessoas.

O encarecimento do filme fotográfico é outro motivo que tem feito as produtoras transporem seus recursos para o convidativo, barato e (ainda) desconhecido mundo do digital. É verdade que as imagens não são tão boas, mas se pesarmos os prós e os contras, essa transposição figura como um caminho sem volta.

E sabem de onde veio o mais recente golpe nas empresas que fabricam câmeras de cinema? Dos atores! De acordo com o diretor de fotografia do seriado "24 Horas", Rodney Charters, um recente acordo firmado entre produtores e a AFTRA (espécie de associação de atores parecida com o SAG, mas que inclui teatro) exclui o filme fotográfico em contratos futuros com seus membros. Nele, afirma-se categoricamente que os contratos entre atores e produtores serão apenas para a cinematografia digital. Para não perder contratos com atores da AFTRA, os produtores migraram para o digital.

Como em toda transição, alguns gostam, outros não. Segundo algumas matérias com declarações do pessoal de produção em HD, eu fiz uma lista. São aqueles que estão curtindo a transição para o digital e aqueles que NÃO estão curtindo tanto assim. A razão de suas empatias está logo ao lado. Ah, se alguém discordar desta lista, comente abaixo ok?


Por que Neil Patel é tão bom?

Quando este indiano criado nos EUA criou a conta "@whoisneilpatel" ninguém entendeu nada. Surgiu logo depois as fotos de modelos...