domingo, 18 de janeiro de 2009

Por que a edição deles é tão diferente da nossa?

Estive assistindo a alguns programas de fofocas estrangeiros (neste caso, o TMZ, o Extra e o Entertainment Tonight) e notei o quanto são ágeis as edições das matérias destes caras. Uma notícia de 1 minuto sobre uma celebridade chega a usar 10 fotos e um trecho em vídeo de 20 segundos. E não são quaisquer fotos. Elas têm uma resolução muito boa porque a edição trabalha com keyframes de modo que haja zoom nas pessoas em momentos chave da reportagem. Codiloco.

Aqui o máximo que a gente consegue ver na tevê é uma foto estática sobre um fundo da Digital Juice. Um pouco menos e estaríamos falando de um vídeo de casamento. Ou de uma apresentação em Powerpoint. O que me pergunto é: editor brasileiro tem preguiça ou não tem equipamento?

Digo isso porque os programas de celebridades acima são diários e suas edições devem ser igualmente rápidas. É necessário equipamento à altura pra que esses efeitos estejam prontos no mesmo dia. Esses efeitos de foto, GC e vídeo não são difíceis de se fazer. Eu até faço alguns deles em casa, mas digo desde já que demora. Porque o computador tem de renderizar tudo isso, o que levam horas, e horas são preciosíssimas quando o assunto é "produção de programa de celebridades". Mas eu não acredito, sinceramente, que nosso equipamento esteja tão aquém assim do equipamento gringo. Não acredito nisso, afinal, temos os nossos Macs aqui, nossas estações Avid e temos nossoa "Motion" também (quando um After FX não puder ajudar). Então a pergunta permanece: por que a nossa edição é tão sofrível?

Isso me lembra de uma história que ouvi de uma funcionária de gravadora. Na época, estavam mandando pra Los Angeles uma fita recém gravada dos Titãs para fazer uma masterização. Eu perguntei por que isso já que tínhamos os mesmos equipamentos por aqui. "É por causa do produtor!", respondeu ela enquanto embalava a master. "Mas não temos produtores aqui que podem fazer isso? Eles não podem aprender com os caras?", insisti na questão. "Não fica igual! Os daqui não são ousados como os de lá! E outra: os americanos têm mais de 50 anos de tradição no rock!".

Acho que isto explica muita coisa. Inclusive o fato da nossa edição de vídeo ser tão simplória em comparação com a edição americana. Não somos ousados como eles! Pra quem não concorda comigo, no dia que você encontrar um trabalho de edição igual a este aqui no Brasil, você me avisa, ok?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Cloverfield Files - Alguém viu?

Cloverfield veio pra cá, estreou mas não fez tanto barulho quavnto lá fora. Pra quem não sabe, esse filme traz todo um conceito novo ao contar uma história, porque ele foi filmado totalmente em vídeo e toda estrutura dramática se desenvolve a partir do ponto de vista de quem filma.

Esse filme foi a penúltima incursão no cinema feita pelo produtor de tevê J.J. Abrams (a última foi a nova versão de Jornada nas Estrelas, ainda inédito por aqui). Ele me nocauteou nos primeiros 15 minutos de exibição, depois a trepidação e a correria começaram a me irritar, mas deu pra assisti-lo até o final. Até porque eu nunca tinha visto algo do tipo. E não me venha com o papo de que "As Bruxas de Blair" ou a galera do "Dogma 95" fez isso antes porque não cola. Eles não tinha orçamento nem efeitos visuais, portanto não é a mesma coisa.

Pra se ter uma idéia o filme começa com a informação de que uma câmera foi encontrada e seu conteúdo foi avaliado e rotulado pelo exército dos EUA como altamente confidencial. Depois as primeiras imagens são típicas de quem está filmando a casa e os amigos em uma festa de despedida novaiorquina. Segue-se a isso uma sucessão de imagens mostrando a invasão de um monstro à cidade, em algo que poderia ser classificado como uma pseudo gravação amadora que culmina em um final inesperado e esdrúxulo (como todo e qualquer vídeo amador). Mas o que mais impressiona são os efeitos visuais que foram trabalhados para se casarem perfeitamente às cenas registradas pelos personagens.

Juntamente com o lançamento em vídeo do filme, a produtora também lançou um site com trechos de "making of" extra no qual podemos notar que várias câmeras de video foram usadas pela produção. A campeã de uso foi sem dúvida a Panasonic HVX 200 (que ficou no lugar da câmera amadora do personagem) seguidas de outros modelos high end da Sony como a F23 e até mesmo lentes Panavision. Daí, concluímos mesmo que de "amador" Cloverfield só tem a linguagem, porque até mesmo a menor trepidação é calculada nele.

Muito legal esse site, principalmente para os videomakers (aliás, esse link foi descoberto graças ao pessoal da comunidade Videomaker, no Orkut), porque aprende-se muito com as entrevistas dos diretores de fotografia e operadores de câmera.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Grooveshark - Esta é a rádio!

Esqueça o Deezer, Radio UOL ou Terra, ou qualquer outra rádio on line que faz propaganda de algumas músicas e nunca coloca elas inteiras além de exigir login e outras babaquaras necessárias pra ouvir a dita cuja. O nome agora é Grooveshark. Tem absolutamente tudo, e olha que coloquei coisas difícieis hein? Tipo "Pat Benatar" ou "Reo Speeddragon", coisas que você não encontra em qualquer rádio. É impressionante, pois além de dar a música como resultado, eles também mostram outras versões dela, cantadas por artistas que vc nem imaginava que fizeram a versão. Codiloco.

A rádio online ainda tem conexões com o Facebook, o Twitter e mais um outro site que não lembro o nome, o que dá a idéia de uma verdadeira comunidade de pessoas voltadas pras suas músicas em comum. Você clica na música e tem a opção de divulga-la para seu perfil no Twitter. Aí lá aparece assim "just listened to Roll With the Changes by REO Speedwagon on Grooveshark: http://tinysong.com/2GGD from Grooveshark. Bem legalzinho! Gostei!

Aqui pra vocês acessarem o Grooveshark envio este link com uma música do Gênesis. Poderia ser qualquer música, mas escolhi o Gênesis porque... porque... eu quis, ok? Vejam o que acham!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Seriado 24 horas também estréia nos EUA

A sétima temporada de 24 horas também está saindo do forno e pronta pra ser exibida nos EUA no próximo dia 11 de janeiro. Eu nunca vi uma campanha de lançamento assim. Por que? Imagine só uma emissora lançar um "filme-feito-pra-tv" de 1 hora e meia (chamado "24 horas: Redenção"), e 1 mês depois lançar juntos os episódios 1 e 2, num dia e 3 e 4 no outro. Em sequência serão episódios no dia 11 e outros 2 no dia 12 de janeiro. Pois é exatamente isso que a Fox vai fazer nas proximas semanas com essa franquia. Uma overdose de Jack Bauer, pra depois arrematar com doses homeopáticas nas semanas seguintes. Tudo isso por causa da concorrência pesada que existe na programação americana. O Jack Bauer vai enfrentar, por exemplo, a festa de entrega do Globo de Ouro no canal NBC, e Extreme Makeover Home Edition na ABC e o Million Dollar Password na CBS. Parada dura, mas é quase certeza que o Globo de Ouro vence. Não importa, Globo de Ouro só no ano que vem enquanto Jack Bauer acontece no dia seguinte (estamos falando ainda do dia 11).

Aí no dia 12 ficará assim: "Jack Bauer" (Fox) contra "The Bachelor" (ABC) e "Superstars of the Dance" (NBC) batalhando pau a pau. Meu palpite? "Superstars..." tem tudo pra faturar a audiência, porque é impressionante como o público americano gosta de ver gente dançar na tevê. Dancing with the Stars taí pra comprovar minha tese.

Mas o público americano aprendeu a respeitar "24 horas" nestes 7 anos de série. O seriado que começou pegando pesado contra terroristas logo após 11 de setembro, teve que mudar sua linguagem e roteiro diversas vezes nos anos seguintes a fim de continuar na programação.

Acho 24 horas a cara dos EUA. Hiper ultra nacionalista, hiper american-flag, politicamente corretíssimo (apesar da sujeira da política americana ser revelada em muitas cenas), cheia daquele sentimento típico americano de "no time to waste!!!". Todos os funcionários são extremamente eficientes e não jogam paciencia em seus computadores. Tudo é muito cronometrado e calculado em 24 horas, não existe tempo para falhas...

Além de Jack, é claro, alguns personagens das temporadas anteriores estão de volta como a hacker Chloe O'Brian (Lynn Rajskub), Tony Almeida (Carlos Bernard; eu sei que ele morreu, mas até aí o Jack morreu também e foi trazido de volta) e Bill Buchannan. O restante é gente nova, e nesta turma está a comediante Janeane Garofalo (lembram dela?) e John Voight, isso mesmo o pai da Angelina Jolie. Pode ser? Então é só conferir em breve no seu canal de RMVB predileto.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

LOST em 2009 - 21 de janeiro na ABC


Uma das maiores surpresas no território das séries nos últimos anos entra neste ano de 2009 em sua quinta temporada. Programada para comportar 18 novos episódios, a série Lost tem tudo para garantir alguns bons momentos de diversão na telinha, apesar de ter perdido um pouco a energia e vitalidade dos primeiros anos. Mas mesmo com essa escassez de "plots" e sem muitas opções acerca do futuro de seus personagens (certamente vamos ver novos personagens, por causa disto) a série ainda conta com uma legião de seguidores (eu sou um deles!). Isso por causa de seu roteiro, que é ainda um dos pontos fortes desta série.

O primeiro ano foi um soco no estômago. Transformou-se em mito e "quase-religião" para seus fãs mais xiitas. As comunidades da internet que tratam do tema tornaram-se o grande barato da série, que faz a moçada seguir o circuito: assistir ao episódio --> comenta-lo nos fóruns --> obter as dicas e "easter eggs" dos fãs xiitas --> verificar se as teorias conspiratórias se concretizam ou não nos episódios seguintes. A segunda temporada foi uma delícia, nunca vimos a continuação de uma idéia-mito ser tratada de forma tão original como foi neste caso. Quando achávamos que a ilha era a coisa mais misteriosa da primeira temporada, fomos apresentados aos intrigantes e maravilhosos personagens de Henry Ian Cusick (Desmond), e Michael Emerson (Ben) que deram um novo gás à trama e ao mito.


A terceira e quarta temporada perderam a força (motivadas por diversos fatores entre eles, a saída de Abrams e a greve dos roteiristas) e a quinta promete ter sua energia renovada graças ao aviso dado aos produtores de que a série tem data para terminar no ano que vem. Isso permite a eles organizar melhor um fio condutor até o final com as melhores características da série.

Por que Neil Patel é tão bom?

Quando este indiano criado nos EUA criou a conta "@whoisneilpatel" ninguém entendeu nada. Surgiu logo depois as fotos de modelos...