terça-feira, 16 de abril de 2013

Chego em casa feliz da vida, abro a porta, e abaixo-me para beijar o pequeno. Com o olhar preso na tevê, ele apenas se permite olhar de relance quem adentrou ao ambiente e perturbou (por alguns segundos) seu deleite imagístico. Havia um sorriso nos primeiros cumprimentos. Hoje nem isso. Na tevê está passando a tal Casa do Mickey Mouse. São 19 horas. Depois de pensar em meter o pé na tevê e mandar o Mickey pra PQP, eu resolvo lançar um "O que você tá assistindo?", ao que ele responde, "O Biq".

A "Casa do Mickey Mouse" é uma série de desenhos da Disney produzidos com qualidade de computação gráfica que começou a ser exibida no canal Disney em 2006. Dá para ver que a série tem o propósito de ensinar crianças em idade pré escolar a identificar formas, cores e ferramentas usuais do mundo dos adultos. Didatismo à parte, o que me espanta são duas coisas, a primeira é a devoção do meu filhote à estrutura das histórias que são apresentadas.


Basicamente cada episódio contém um problema a ser resolvido, uma busca ou viagem rumo à solução do problema e os tais "Mickey-objetos" que serão usados na resolução do problema.  Os Mickey objetos entram em momentos chaves da história, ou seja, quando são realmente necessários à solução do problema, e, como uma brincadeira de encaixar, a criança relaciona o objeto àquela necessidade específica. Para obter os objetos nosso heroi clama pela ajuda de uma versão moderna de gênio da lâmpada chamada de "Tudo", um computador em forma de Mickey capaz de trazer os objetos à cena.


Explicar mais é bobagem. O pai ou mãe tem de assistir para entender. Eles acertaram em cheio. Quando o "Biq" não está passando na tevê, eu ou minha mulher às vezes recorremos ao Youtube a fim de deixar o pequeno quieto por alguns instantes e nós podermos realizar alguma tarefa. Agora eu cheguei na segunda coisa que me espanta sobre o desenho. Ao procurar o desenho no Youtube, percebi que ele está em todo o lugar. Está no mundo todo! A mesma abertura com musiquinha e crianças cantando pode ser ouvida em francês, russo, japonês e tantos outros idiomas que não consegui identificar. O vídeo ao lado, por exemplo, é da versão de Portugal. Então se quiser conhecer o Mickey lusitano, é só clicar no vídeo. A Disney não está para brincadeira! Pensei em colocar um episódio do desenho (ou uma simples dança do Mickey) na rede somente a fim de ver como se comportariam seus advogados de direitos autorais, mas fiquei com medo. A Disney pode brincar com você, mas é melhor você não brincar com ela.

Por que Neil Patel é tão bom?

Quando este indiano criado nos EUA criou a conta "@whoisneilpatel" ninguém entendeu nada. Surgiu logo depois as fotos de modelos...