segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

As propagandas mais cretinas dos EUA

Depois de contar mais de 30 propagandas cretinas nos DVD's que recebo dos EUA, decidi retirar alguns e colocar no Youtube pra galera sentir que as propagandas cretinas estão em todos os lugares do mundo. Existe é claro alguns materiais excelentes, de qualidade técnica e efeitos matadores, mas existe também alguns que são um verdadeiro exemplo de mal gosto e falta de vontade de pensar.

Outro destaque acerca do horário comercial americano é que no meio da tarde (algo entre 13:00h e 17:00h) existe o chamado "filão da terceira idade". É o momento em que as empresas anunciam produtos como "cadeira de rodas elétrica", "elevador portátil", "shakes para emagrecer" e uma infinidade de outros produtos e remédios deste segmento.

Outros anúncios são aqueles destinados a "mudar sua vida e torná-lo um vencedor", a exemplo disto estão os cursos de formação (por correspondência ou presenciais), cursos de memorização e tantos outros cujas propagandas são tão hilárias quanto as próprias instituições. É neste momento que qualquer brasileiro que assistir a isso vai se lembrar na mesma hora das campanhas Tabajara. Veja só este, por exemplo:

Percebi uma coisa muito preocupante em alguns intervalos comerciais (alguns são exibidos até mesmo em horário nobre). São muitas as vezes que vemos uma propaganda de comida (Applebee's, Wendy's, Subway, Jack in the Box e McDonald's, principalmente) seguida de uma de remédio. Isso quer dizer que o americano poderá comer tranquilo os tenros pedaços de sua costeleta, asa de frango empanada ou sanduíche de metro. Pois se sentir azia, má digestão, dor de cabeça, artrite ou artrose, ele poderá contar com o que há de mais avançado em remédio. Fantástico, não é? E doentio também! Eu queria ver a opinião dos indianos sobre esse assunto. Vou ver se encontro um DVD com este segmento de propaganda pra postar aqui em breve.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Show de Madonna - Retrospectiva

21:50. Foi nessa hora que as luzes se apagaram e os 65 mil fãs do Morumbi conheceram o show Sticky and Sweet. Não choveu, nao apareceu helicóptero fazendo propaganda de Rexona, não houve escândalo de bebum ou de celebridade (os escândalos se resumiam aos do palco) e os incidentes foram apenas alguns casos de desidratação e excesso de bebida.

É impossível náo se impressionar com o tamnho daquele palco. Aquela coisa preta dantesca e cheia de luzes parecia uma nave espacial. A altura é fora do comum. A produção informou que a altura dele é 1/3 maior que o palco do Roger Waters. Pra quem não captou ainda o tamanho, seria algo equivalente a um prédio de 7 andares. Aí você adiciona a isto 3 telões de led de última geração, com servo mecanismos que dão a eles total mobilidade no palco. Os telões de led também se dividem em vários pedaços menores que interagem com Madonna durante algumas músicas. Na música "4 minutes", por exemplo, a traquitana de LED's reduziu-se de modo a ficar do tamanho de um pessoa, e foi como se Justin Timberlake realmente estivesse ali interagindo com ela.

A infraestrutura ainda incluía 2 "house mix", 2 torres de rebatimento de som extremamente finas e discretas (esqueça as tradicionais caixas de som sobre andaimes!) e um gigantesco cilindro de LED's semitransparentes que vez e outra descia sobre o palco. Estrutura de primeiro mundo, vinda toda de fora, num pacote completo e itinerante.

Madonna está numa forma física invejável e ainda segura o show com tranquilidade, embora necessite de umas pausas (não deixou de ser interessante ver uma luta de boxe coreografada e uma dança japonesa com um cenário de "tigre e o dragão" ao fundo) para preparar o próximo ato. O ioga fez muito bem a ela. A bicha pula, alonga e dança com um frenesi que faz você duvidar de sua idade.

O roteiro do show foi bem pensado, começa lá em cima, há um "momento banquinho" (em que ela conversa com o público como se estivesse em um barzinho), seguido de uma escolha de música feita por alguém da platéia, para depois instalar-se o clima de "festa", pouco antes do final. As luzes do estádio se acendem e a "rave" continua, até o momento em que o publico percebe que o show acabou (e Madonna provavelmente já esteja no hotel). É claro que ficaram de fora muitos sucessos, mas já era de se esperar porque todos os hits não caberiam em 2 horas de show.

Uma dica pra quem quer curtir Madonna no próximo sábado e domigo. Espere o show começar (se puder) e depois barganhe pelo preço do ingresso. É bem provável que você encontre verdadeiras pechinchas na porta do estádio. A seguir um clipezinho do show de ontem que rolou na internet.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Fãs de Madonna - Como entendê-los?


Haverá 3 shows de Madonna em São Paulo. Na Quinta, no Sábado e no Domingo, mas desde a semana passada, quando passamos pela Giovani Gronchi, podemos avistar uns sujeitos amontoados na Praça em frente ao estádio do Morumbi. Parecem uns indigentes, não se pode ver a cabeça nem os pés porque estão dormindo em acochoados e amontoados uns aos outros. Há um tempo atrás eles dormiam em barracas mas a Prefeitura (ou a polícia, não sei ao certo) ameaçou tirá-los dali caso insistissem em trazer barracas, pois configuraria posse ilegal de propriedade pública. Então foram-se as barracas mas ficaram os colchonetes, a água mineral, os biscoito, mochilas e o violão (o que vai acontecer com este violão depois do show só Deus sabe).

Quando vi o amontoado, tentei em vão entender o que motivaria alguém a ficar dias (quase 1 semana) acampado em frente ao estádio para ver alguém. "Cara, é o meu ídolo!", argumentaria um deles, "Estou aqui para ver meu ídolo de perto!". Certo, é seu ídolo, mas você vai vê-lo de perto por 2 horas (se chegar a vê-lo). Para isso você terá de ficar 7 noites (ou mais) dormindo no frio, ao relento e comendo biscoito recheado. 7 noites ao relento contra 2 horas de êxtase.
Ninguém aqui duvida que Madonna é eletrizante, carismática e talentosa, mas vale tanto a pena assim passar por isso? Acho que se perguntarem a ela o que acha deste tipo de atitude dos fãs brasileiros, a loira certamente lançaria um "tsc... tsc..."

Eu somente montaria barraca (desculpe senhores policiais, mas não abro mão da minha barraca) à frente de um estádio com uma semana de antecedência para as seguintes 5 exceções:

1. Elvis Presley; (o próprio, direto do além, nada de cover ou imitação);

2. The Doors; (nada de Ian Atsbury no vocal, tinha que ser o próprio Jim);

3. Led Zeppelin; (com o "Bonham Pai" na bateria, claro! O filho poderia trabalhar de assistente)

3. Black Sabbath; (com o Ozzy no vocal, claro! Ah sim, na guitarra tinha que ser Randy Rhoads);

4. The Beach Boys; (formação original)

5. Pink Floyd; (tudo bem, pode ser a formação atual, nada de "só Roger Waters" ou "só David Gilmour" eles sozinhos não são Pink Floyd)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Olhos de Cigana, Oblíquos e Dissimulados!


Quando a Globo fazia um enorme segredo sobre a minissérie Capitu, que foi ao ar nesta última segunda feira, havia uma razão para isso. Ela não queria que fosse descoberto o conceito por trás deste produto que tem tudo pra se tornar o mais completo e palatável vindo do diretor Luis Fernando Carvalho.

Levar Machado de Assis para a tevê é o mesmo que tentar fazer uma versão funk de "Aquarela do Brasil". São duas coisas completamente diferentes. O que se pode tentar fazer é capturar o "espírito" do livro, tarefa que o roteirista Euclydes Marinho cumpriu muito bem. O narrador vivido pelo ator Michel Melamed é de um cinismo e uma graça que chegamos a sentir falta quando ele se retrai e dá espaço às cenas de sua infância. Foi uma puta sacada pegar o texto literal do livro e colocar no roteiro, seja sob a interpretação de Melamed, ou sob a forma de escrita em bico de pena sobreposta às imagens antigas.

Outro boa sacada foi ter filmado tudo em estúdio, mesmo as cenas que pretensamente teriam se passado em cenários externos. É tudo parte da linguagem de LFC, que remonta à "Hoje é dia de Maria" (2005)

Não sei se a minissérie está indo bem de audiência. Sei apenas que é necessário (talvez umas 2 ou 3 vezes por ano) haver ousadia por parte de nossos diretores e roteiristas. É algo que não se paga com o projeto corrente, mas sim a longo prazo, no qual ganharemos mais - e por que não dizer, melhores - opções de dramaturgia. E a Globo parece estar respeitando esta premissa, já que deu prosseguimento ao "Projeto Quadrante" do LFC que culminou nesta obra genial. Tenham certeza de que ela será indicada ao Emmy!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Hobbits Hype!!!

Assisti ontem ao vídeo do duo novaiorquino "The Management", ou simplesmente MGMT. Muito interessante! O vídeo chamou a atenção primeiro. Estava zapeando com a TV em mute e de repente aparecem aquelas imagens idílicas, cheias de vapor e gente bonita (calma, o vídeo é censura livre) e eu pensei, "What the Heck?".

Aumentei o volume e, o que foi mais incrível, a música agradou também! Tem uma linha de baixo deliciosa que combina muito bem com o teclado e faz você lembrar de hits dos anos 70. O que estava rolando era o vídeo "Electric Feel" e adorei tudo nele. O povinho dançando, fazendo beicinhos e tomando "sei lá o quê" sobre um visual de Terra Média é muito engraçado. Adorei eles terem misturado um conceito tão hermético, como é o universo de Tolkien, com algo como bebida isotônica e motocicletas. Moderno. O vídeo não foi autorizado a ser incorporado ao blog, portanto você vai ter que clicar aqui para vê-lo.

Esses caras do MGMT vieram para o Tim Festival em outubro mas acho que não fizeram o barulho devido. Tenho certeza que a próxima vez que voltarem eles terão a atenção que merecem. Os remixes deles também valem a pena dar uma olhada, tem um em especial (feito pelo Justice) que arrebenta, mas você pode encontrar uma variedade de remixes destes caras. O remix de Electric Feel eu descobri enquanto jogava "Midnight Los Angeles". Eu pensei, "já escutei isso antes!", fui checar no encarte do game e descobri que era a tal da "Electric Feel", o remix também ficou muito duca. Escutem e comparem.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Dicionário de Sinônimos do Houaiss


Em tempo. Chegou a edição do dicionários de Sinônimos do Instituto Houaiss. O produto parece ser de respeito, são 20.158 entradas com mais de 196 mil sinônimos e mais de 90 mil antônimos. Pesa 1,5 kg (não é mini, nem de bolso) e tem 888 páginas. Não sei quanto a vocês mas eu acho o máximo estas coisinhas chamadas "dicionários de sinônimos", as definições de algumas palavras são divertidíssimas e para alguns momentos eles até mesmo fazem as vezes de um bom livro de piadas. Sou meio besta, quando leio os sinônimos de determinadas palavras (sempre de modo seguido), começo a rir porque todas elas (não me pergunte como) fazem o maior sentido do mundo naquele momento. Peguemos a palavra "diabo", por exemplo. Aí segue-se "tinhoso", "manquinho", "canhoto", "coisa ruim", "capa-preta", "diacho", "alasão", "orelhudo", "capeta", "aquele lá" e por aí vai. Acho tudo muito divertido. E útil. Porque uma vez você caindo na graça de um dicionário de sinônimos, você está perdido, vai sempre precisar dele. É igual ao Google.

Só espero que haja uma versão eletrônica dele. Botão direito do mouse pra achar a palavra, manja? Afinal quem aguenta ter de tirar a mão do mouse, abrir o dicionário e procurar a palavra fisicamente? Coisa pra masoquista! Isso, se o dicionário já estiver em sua mesa, porque ele pode ainda estar na estante! Aí complica mais, porque você vai ter que sair da mesa e dar um ou dois passos até ele. É problemático. Quem sabe daqui a algum tempo algum brilhante cientista não invente um teclado para uma mão apenas, criando então um novo conceito que junte digitação, taquigrafia e mouse. Teríamos então uma mão livre para enfiar na boca balas, pistache, amendoins e pães de queijo. Seria o céu!

Fica aí a dica do Houaiss, para quem não conhece Antônio Houaiss, segue aqui um link sobre ele, o cara é fera, e é do tempo em que corrigir uma palavra no texto significava reescrever a página inteira (uff.... tive um calafrio agora!).

Por que Neil Patel é tão bom?

Quando este indiano criado nos EUA criou a conta "@whoisneilpatel" ninguém entendeu nada. Surgiu logo depois as fotos de modelos...