Depois do anúncio de fechamento do Series BR, um popular site de downloads de séries da internet, li aqui que os americanos estão cada vez mais assistindo séries em seus computadores. Somente no mês de março foram assistidos via streaming mais de 9 bilhões de vídeos (cerca de 130 milhões de americanos usaram o serviço neste mês). O serviço de vídeos pela internet tem crescido exponencialmente e só acho que vai estabilizar no momento em que o número de usuários for parecido ao número de telespectadores.O "Séries Br" possuía uma acervo fantástico. Era através dele que os brasileiros mantinham-se atualizados sobre suas séries prediletas. Era simples assim: um episódio de Lost saía na quarta feira nos EUA, na quinta o site já possuía o seu link. Eficiente, simples e até mesmo (no devido tempo) oferecia ao internauta a opção de assistir ao filme com legendas. Não teve outro jeito: cresceu tanto que chamou atenção da poderosa (e ineficaz) APCM (Associação Antipirataria de Cinema e Música) que não demorou muito para entrar com um pedido do fechamento do site junto ao Google. Ponto para a APCM, ponto também para a MPA (Motion Picture Association, órgão que representa os produtores de conteúdo americanos) os direitos dos seus associados foram mais uma vez resguardados. Mas e o público?
A MPA, os estúdios e seus distribuidores aqui no Brasil
Agora... o que a MPA quer que façamos por aqui? Eles querem que na era da internet 2.0 nós esperemos 6 meses para assistir ao episódio na tevê a cabo? E quem não tem tevê a cabo? Reza para que ela seja comprada por uma emissora e espera 1 ano? Só posso dizer que eles são doidos ou ignorantes. Não há como refrear o público deste jeito. Se continuar assim, não vai demorar muito para que surja um site substituto com tantas ou mais atrações (ilegais) que o seu predecessor.
Enquanto a MPA/APCM se limitar a fechar sites piratas e não prover o público com alternativas viáveis de comercialização de conteúdo, suas ações serão irrelevantes, e o que é mais sério: vão estar deixando de ganhar um bom dinheiro! Se o pensamento produtivo deles ainda se baseia no ciclo (já batidíssimo) CINEMA / TV ABERTA / CABO e DVD, eles precisam seriamente de ajuda. Não seria de todo mal que alguém do site "Séries BR" lhes propusesse um novo conceito em distribuição, afinal, tempo é dinheiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário