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Estou neste momento fazendo uns rabiscos sobre uma folha A4 e desejando ardentemente produzir mais que os meus famosos "pauzinhos e bolinhas". Não é fácil. Quando sua formação artística resume-se às sessões de giz de cera do prezinho e às aulas de educação artística do ginásio (um beijo para a prof. Emília, prima da Tizuka Yamazaki, nunca esqueci isso), não temos muitas esperanças de produzir uma boa ilustração.
E o que um autor faz quando precisa de ilustrações que dificilmente criaria? Ele vai atrás de um ilustrador.
Há vários sujeitos bons por aí. A gente encontra desde ilustradores que fazem o estilo publicitário até os desenhistas com estilo mangá, além obviamente daqueles exclusivamente voltados para o mercado de literatura infantil.
Mas, devo confessar, que estou atrás de um tipo de raro de ilustrador. Talvez eu não o encontre (daí vou ser obrigado a me matricular num curso de ilustração ou aprender a fazer trabalho de colagem), mas o ilustrador que procuro é aquele que faça o serviço e concorde em ser pago "se" (um grande "se", ressalto) o livro for vendido.
"Tô forçando a barra"? Pode ser. Mas os fatos tem de ser encarados logo na primeira reunião (ou até mesmo antes dela): um autor infantil que desenha como um neandertal procura um desenhista para uma parceria... mas não pode pagá-lo. De fato, a única coisa que esse autor pode fazer é "recomendá-lo" a um editora (caso ele mesmo não publique o livro e o pague quando vender a obra). Será que é isso que tem espantado todo desenhista que fala comigo?
Se existe um lado positivo nesta história, seria eu ter a certeza de que o desenhista que embarcar no projeto, com certeza vai estar apaixonado por ele. Dinheiro, neste caso, felizmente vai ficar em segundo plano.
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Um comentário:
fala Cilo, já arrumou seu desenhista? (ok, já se passaram 2 anos...)
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