Acabei de voltar da Bienal Internacional do Livro, e devo informar que em relação a 2008, não mudou muita coisa. Eles vieram com algumas exposições interessantes com homenagens a Clarice Lispector e Monteiro Lobato, palestras acerca dos livros digitais e seus "e-readers" (e como esta tecnologia mudará nosso hábito de ler) e de resto tivemos os autógrafos, palestras feitas por "globais" que nada entendem de literatura (no espaço chamado Palco Literário) e a lotação de sempre.
Este domingo foi particularmente um inferno. Tudo estava lotado. Em tudo e para tudo havia filas. E não havia corredor em que não tínhamos que esperar alguns momentos para poder "andar". Dava dó ver a cara dos funcionários das lanchonetes sem qualquer condição de atender aos clientes que se acotovelavam nos balcões para reclamar seu pão de queijo ou favo holandês. A questão não era apenas ter paciência, mas também ter resistência ao frio que veio de fininho e irritava cada vez mais à medida que anoitecia. Não havia qualquer possibilidade de se permanecer nas extremidades do pavilhão. É digno de mérito a resistência feérica dos expositores que ficaram nesta localização. Deveriam ter desconto de 50% em suas estandes por esta insalubridade.
Meus destaques vão para alguns concursos culturais muito legais que estão sendo montados. O primeiro é o da editora Saraiva (através de seu novo selo Benvirá), chamado Prêmio Benvirá de Literatura, aberto a todos os escritores (publicados ou não) de língua portuguesa. Mais informações no site do selo.
Outra iniciativa interessante é a da empresa Singular que fornece soluções para produtores de conteúdo (autores, editoras, redes varejistas, etc...). E uma destas soluções é a impressão sob demanda e distribuição digital de arquivos que vão deste e-books e audiobooks até vídeo e músicas. Eles possuem mais de 600 mil títulos cadastrados. Para mais informações, que tal passar no site deles?
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