Resumindo, podemos dizer que o IBOPE é para nós o que o índice Nielsen é para eles. O nome Nielsen vem do fundador Arthur Nielsen que era analista de mercado nos anos 20 e desenvolveu um modo de contabilização e manunseio de aparelhos de rádio ligados nos EUA nos anos 40. Dez anos depois o sistema foi incorporado à televisão e desde então o método idealizado e utilizado por Nielsen foi levado ao mundo inteiro. A contabilização e registro do que o usuário vê em sua casa é feito de duas maneiras:
- através de do 'diário do usuário", ou de um aparelho que grava os hábitos televisivos do telespectador;
- ou através de um aparelho mais sofisticado (instalado em casas selecionadas) que coleta toda a experiência do usuário, ou seja, ligação e desligamento da tevê e as mudanças de canal;
Estes dados são coletados todas as noites, religiosamente, desde a instalação deste método de leitura nos anos 50. Atualmente os aparelhos mandam os dados via modem, para a elaboração de planilhas de audiência que monitoram dados minuto a minuto. Em 2005, a Nielsen passou a monitorar também um novo hábito que em breve tomaria conta dos EUA: a de gravar os programas digitalmente, via Tivo. Os resultados das primeiras pesquisas indicaram que esse hábito teria um efeito marcante na publicidade e nos programas de televisão, já que o telespectador agora não precisaria assistir ao intervalo comercial. Ele era sumariamente editado na gravação do programa.
A Nielsen basicamente lida com dois tipos de medida: a audiência em pontos e o tal do "share". De acordo com dados de setembro de 2008, estes pontos representam um total de 114 milhões e quinhentos mil televisores ligados nos EUA. Deste modo, um único ponto em rede nacional equivaleria a 1 milhão 145 mil televisores para a temporada de 2006 e 2007. As datas são importantes porque a cada ano, muda-se a totalidade dos televisores ligados, conforme um enunciado periódico da empresa (sai aproximadamente em agosto).
E o que seria o "share"? Share é a porcentagem dos equipamentos de medição ligados em determinado programa. Por exemplo: a Nielsen reportou que um programa recebeu a qualificação "9.2/15" durante sua exibição por todos os EUA. Isso significa que enquanto 15 por cento de todas as casas equipadas com o sistema de medição estavam com a televisão ligada em determinado momento, uma média de 9.2 por cento de televisores sintonizaram neste programa.
A diferença entre audiência e share é que audiência reflete o total de televisores ligados em um programa específico enquanto share reflete a porcentagem de televisores atualmente em uso, ligados no mesmo programa. Pelo fato da audiência basear-se em amostras, é possível que programas obtenham 0.0 de share, enquanto têm um mínimo de audiência. Segue então a primeira tabela dos índices Nielsen da semana de 8 de junho de 2009:
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